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Conheça Salvador

SALVADOR, UMA CIDADE PARA SE CONHECER E NÃO SE ESQUECER

 

No dia 29.03.2015, a cidade de São Salvador completou 466 anos de história. A nossa cidade possui, hoje, uma população de quase 3.000.000 de pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De 1549, ano de sua fundação, até hoje, a nossa cidade foi palco de muitos contatos humanos dos quais se originaram  suas características peculiares. Situada entre o mar e as colinas da Baía de Todos os Santos, nasceu sob o signo do Barroco, o que se reflete na arquitetura Colonial da sua parte antiga, da qual o Pelourinho, um dos mais famosos cartões-postais do nosso país, é o maior símbolo da sua pujança nos tempos coloniais em que foi a primeira capital da colônia portuguesa:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Pelourinho[1], por sua importância histórica, foi tombado como patrimônio cultural da humanidade pela UNESCO, no ano de 1985. Lá, além de muitos prédios históricos,  há outros espaços em que se pode provar da nossa culinária típica e caseira e experienciar parte de nossas vivências culturais.  Assim, pode-se ir a blocos afros, como o Olodum e o Afoxé Filhos de Gandhy, e também a centros e espaços culturais, como o CEPAIA (Centro de estudos afro-indígenas americanas), a galerias de arte, como a da Fundação Pierre Verger e a Solar Ferrão. Também, é imperdível a visita a suas magníficas igrejas, como a Catedral Basílica, a Igreja de São Francisco e a de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. Entre os museus, pode-se ir, por exemplo, ao da Misericórdia, ao Afro-brasileiro e à Fundação Casa de Jorge Amado. No Pelourinho, encontram-se, também, teatros e cine-teatros, como o Teatro XVIII, o café teatro Zélia Gattai e a sala de arte Cine XIV, e estando lá ainda se pode caminhar até o bairro do Santo Antônio Além do Carmo e passear por suas ruas e vielas, onde se localizam restaurantes agradáveis e se pode apreciar e vivenciar a cultura local. Do Pelourinho, pode-se ir para a chamada Cidade Baixa e, chegando lá, pode-se ir à Igreja do Senhor do Bonfim[2], construção do século XVIII, em estilo neoclássico, com fachada rococó. Essa Basílica é um ícone da fé baiana e, quando chega o mês de janeiro, se colore para a realização da sua lavagem, feita por baianas que lavam as suas escadarias com água de cheiro. Esse ato é um símbolo do sincretismo religioso tão característico da nossa cultura:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ao se sair da região do Bonfim, pode-se seguir a caminho do bairro do Comércio e, chegando-se lá, pode-se ir ao Mercado Modelo[3], um tradicional centro de artesanato, abrigado em um prédio construído, em arquitetura neoclássica, do século XIX e, posteriormente, tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Em seu andar superior, ficam dois dos mais antigos restaurantes de comida típica baiana: o Camafeu de Oxóssi e o Maria de São Pedro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Do Mercado Modelo, pode-se avistar outro conhecido cartão-postal de Salvador: o Elevador Lacerda que liga a Cidade Baixa à Alta, desde o século XIX, quando foi inaugurada a sua primeira torre[4]. Ao sair dessa região, pode-se ir em direção ao bairro da Graça, mas, antes, deve-se passar pela Avenida Contorno e aí a parada é obrigatória para se conhecer o Solar do Unhão[5], conjunto arquitetônico do século XVII:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

               

O complexo do Unhão era formado por casa-grande, capela, senzala, armazéns e cais. No devir dos anos, passou por muitas reformas e, hoje, possui um restaurante, abriga o MAM, Museu de Arte Moderna da Bahia.

               
Ainda nessa região, fica a Marina[6], que inaugurada no final do século XX, foi concebida para ser um centro de lazer, mas essa região, originada no século XVI, na área da Ribeira das Naus, foi o local onde Thomé de Souza fez seu acampamento e de onde começaram as primeiras construções da nossa cidade. Se se quiser saborear a gastronomia contemporânea, na Marina, se encontrará um espaço gourmet, onde se localizam os restaurantes: Café do Forte, Lafayette, Das, Grand Cru, Soho e Acqua Café. Ao sair da Contorno, pode-se ir ao charmoso bairro da Graça, região em que viveram Catharina Paraguassu e o seu amado Caramuru e onde ele ergueu, nos idos do século XVI,  a Igreja da Graça[7]. Depois, se desejar, pode-se passar no Dique do Tororó[8]:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   

               

 

Essa é uma represa feita no século XVII, em um vale natural, e a sua função primordial era defender a antiga cidade de possíveis invasões. Há pouco tempo, foram colocadas ali algumas esculturas de orixás, representativas da cultura religiosa africana e criadas pelo artista plástico Tati Moreno. Lá se acha um espaço para a prática de esporte e para diversão, onde se localizam os restaurantes Cheiro de Pizza e A Porteira. Com vocação turística nata, a cidade possui mais de 40 km de extensão de litoral[9], uma das maiores costas do Nordeste, região do Brasil conhecida pelas suas belíssimas praias de águas quentes, limpas e de temperatura propícia aos banhos de mar por todo o ano. Aqui, em Salvador, embora seja difícil escolher em qual praia se ir, há, entre as suas magníficas praias, a do Porto da Barra, conhecida como uma das melhores  do mundo, segundo o CNN[10] e também a famosa praia de Itapoã, tantas vezes, cantada por expoentes da música brasileira, como Vinicius de Morais e por ele eternizada ("É bom/Passar uma tarde em Itapoã/ao sol que arde em Itapoã/Ouvindo o mar de Itapoã/Falar de amor em Itapoã[11]").

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Não muito longe de nossa cidade, a 90 km, seguindo a chamada linha verde, podem-se encontrar, no litoral baiano ao norte de Salvador, outras belíssimas praias e vilas, com destaque para Praia do Forte, originada de uma aldeia de pescadores; ao que parece, o vilarejo foi criado ao redor da fortaleza que Garcia D'Ávila construiu, no século XVI, e que, por lá, ainda se encontram vestígios dessa obra dos tempos quinhentistas:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Acha-se, na Praia do Forte, uma charmosa vila[12], onde se podem apreciar boa comida, sucos, sobremesas locais e conversar com amigos, familiares, turistas e nativos do lugar:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

               

De volta a Salvador, vale viver um pouco a sua vida noturna. Afinal, a noite soteropolitana possui os seus encantos. Espaço de badalação, o bairro do Rio Vermelho destaca-se, por seu perfil boêmio, por ser o lar de artistas e intelectuais, como foi, por tantos anos, na rua Alagoinhas, o lar de Jorge Amado e de sua amada Zélia Gattai (um parêntese, nesse preâmbulo, sobre a noite, para dizer que durante o dia deve-se visitar a casa desse casal, que se tornou um museu[13]).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                 

Além de espaços para diversão, o Rio Vermelho é um lugar para provar a nossa famosa iguaria: o acarajé, um bolinho frito no dendê, feito com feijão fradinho, e recheado com vatapá, pirão feito à base de camarão seco, castanha de caju, amendoim, temperos, azeite de dendê, pão ou farinha:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

               

               

 

 

 

Também se localiza, nesse bairro, o Mercado do Peixe, espaço popular que serve comida e fica aberto durante toda a madrugada e onde muita gente passa ao sair das baladas. A gastronomia de Salvador é um capítulo à parte. Os nossos pratos típicos são conhecidos por seus sabores fortes e inesquecíveis. Para além do acarajé, comemos o caruru, a carne de sol, as moquecas, entre tantas outras delícias. Há ótimos restaurantes de comidas típicas como kI-Muqueca e Iemanjá. Ainda, tomamos aqui sucos maravilhosos, como cajá, acerola, mangaba, umbu, e a nossa água de coco. Entre os nossos doces, a cocada possui um sabor supremo e inenarrável. Enfim, 

 

 

SALVADOR, UMA CIDADE PARA SE CONHECER E NÃO SE ESQUECER!!!

 

A. Ariadne Domingues Almeida

 

 

 

 

[1] Maiores informações acham-se disponíveis em: http://www.pelourinho.ba.gov.br/circulando-no-pelo

 

[2]Informações podem ser obtidas no site: http://www.santuariosenhordobonfim.com/

 

[3] Para outras informações, consulte: http://www.portalmercadomodelo.com.br/

 

[4] Disponível em: http://www.bahia-turismo.com/salvador/elevador-lacerda.htm. Acesso em 27.03.2015.

 

[5] Disponível em: http://www.bahia-turismo.com/salvador/solar-unhao.htm. Acesso em 27.03.2015.

 

[6] Disponível em: http://www.bahiamarina.com.br/. Acesso em 27.03.2015.

 

[7]Disponível em: http://www.historia-bahia.com/caramuru.htm. Acesso em 27.03.2015.

 

[8] Disponível em: http://www.bahia-turismo.com/salvador/dique-tororo.htm. Acesso em 27.03.2015.

 

[9] Disponível em: http://www.visiteabahia.com.br/visite/salvador/praias/. Acesso em 27.03.2015.

 

[10] Disponível em: http://vidaeestilo.terra.com.br/turismo/praia/cnn-lista-as-50-melhores-praias-do-mundo-confira,aca9392625237310VgnCLD100000bbcceb0aRCRD.html . Acesso em 27.03.2015.

 

[11] http://letras.mus.br/vinicius-de-moraes/80508/. Acesso em 27.03.2015.

 

[12] Para maiores informes, consulte: http://praiadoforte.org.br/. Acesso em: 27.02.2015.

 

[13] Confira a notícia dada na Folha de São Paulo - http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2014/11/1554192-casa-de-jorge-amado-e-zelia-gattai-e-aberta-como-museu-em-salvador.shtml). Acesso em: 27.03.2015.

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